Maria do Carmo é uma cantora uruguaia, nascida em Montevideo, aquerenciada há sete anos no município de Bagé. Talentosa, deixou a profissão de veterinária para dedicar-se à música, sendo ela de gênero folclórico uruguaio, argentino e gaúcho.
Tive o prazer de conhecer o trabalho de Maria em uma apresentação de Lisandro Amaral na cidade de Pelotas, comemoração do Programa Grito Pampeano de Eric Barreto.
Há pouco lançou seu primeiro CD, intitulado Cheroga - mi casa (o nome faz referência à expressão "minha casa" em guarani e em espanhol), no qual gravou canções que foram interpretadas por Alfredo Zitarrosa (Pa'l Que Se Va/ Mire amigo) e Mercedes Sosa (Como la Cigarra), com arranjos de Silvério Barcellos, participação de Lisandro Amaral (Oración del Remanso) e Luiz Marenco (Mi Rebenque Plateao - El Rebenque Plateao).
Quanto ao disco, fica claro que a cantora soube escolher seu repertório e merece reconhecimento por seu canto forte, pois conserva sua graça de um modo extinto... Um dia me referi a Lisandro em uma frase: "não produziu apelos ao comércio, mas sim, sinceridade"; hoje, posso dizer o mesmo de Maria do Carmo.
"Mire amigo no venga
con esas cosas de las 'cuestiones'
Yo no le entiendo mucho
discúlpeme, soy medio 'bagual'
Pero eso sí le digo
no me interesan las 'elesiones'
LOS QUE NO TIENEN PLATA
VAN DE ALPARGATAS
TODO SIGUE IGUAL..."
"Caminitos de Tierras Coloradas" é a primeira faixa do CD Cheroga - mi casa.
Otras canciones: Maria Contrabando, Allá Por Campo Guazú, Don Blanco (Lisandro Amaral); entre outras, fica a indicação deste belíssimo trabalho.